segunda-feira, 18 de abril de 2011

Temporal alaga casas em Paragominas


A forte chuva que caiu na tarde desta segunda-feira (18) em Paragominas alagou casas, subiu o nível de um córrego e causou prejuízos a quem já tinha pouca coisa. Famílias inteiras estão desabrigadas e outras perderam geladeiras, fogões, colchões e outros utensílios domésticos. Até galinhas morreram afogadas, segundo uma moradora da Rua Dr. Urbano no bairro Camboatã.


As casas construídas ao lado de um córrego ficaram todas submersas. O principal problema foi retirar de dentro das residências as pessoas idosas, já que o nível de água do córrego subiu muito rápido.


Dona Margarida estava inconsolável, sua casa ficou com mais de um metro de água e não deu tempo de retirar nada. Kênia, outra moradora da Rua Dr. Urbano também perdeu quase tudo. Na Rua Betil, uma casa ficou com água até próximo ao telhado.


A correnteza era muito forte e levava tudo o que encontrava pela frente. Até nossa reportagem viu de perto o perigo de ser levado pelas fortes correntezas. No afã de registrar o sofrimento dos moradores, quase descíamos rio abaixo.


Um dos problemas é a grande quantidade de lixo doméstico jogado dentro do córrego que entupiu as manilhas, fazendo com que a água buscasse outro curso para escoar.

Já na PA 125, o Rio Paragominas, mais uma vez, subiu do seu nível normal tomando conta da rodovia. Carros pequenos e motos ficaram impossibilitados de passar pelo local por algumas horas.


Muitas pessoas estavam no trabalho e foram avisadas pelos vizinhos do alagamento de suas residências, como é o caso da Dona Kátia, que quando chegou em casa, tudo estava submerso. E agora? O que fazer? Perguntava Dona Margarida, uma das mais atingidas pelas águas.


Neste momento a chuva ainda não passou e provavelmente muita água ainda deve cair sobre a cidade hoje. Preocupação para todos os moradores do bairro Camboatã que não sabem a quem recorrer.


 "Queremos que as autoridades nos diga aonde vai nos abrigar, porque não podemos ficar aqui no meio da rua esperando as águas baixarem. E mesmo se baixarem agora, não há nenhuma condição de entrarmos agora e termos uma noite tranquila", disse dona Maria, entre muitas lágrimas.

Entretanto, um dos moradores da área alagada disse à nossa reportagem que as casas que ficam às margens deste córrego já foram notificadas e todos devem ser transferidos para o condomínio Morada do Sol, do programa Minha Casa, Minha Vida.


Um comentário:

  1. bom dia jorge, eu lí sua reportagem sobre os alagamentos pela cidade, e queria informar sobre a questão do córrego do camboatã; há alguns anos atrás ás margens deste dito córrego haviam placas da prefeitura informando que ali era uma área de proteção ambiental, portanto proibido construções de qualquer tipo naquele local, mas como nunca houve qualquer tipo de fiscalização pelo orgão responsável, ver-se o quadro que aí está hoje, com o tempo a prefeitura que devia ter feito o trabalho dela desde o início, terá que remanejar essas famílias para locais apropriados, e adivinha aonde vai ser gasto o dinheiro dos contribuintes.

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