Os gaúchos residentes em Paragominas estão em festa hoje. Longe de suas famílias, com saudades da terra amada, promoveram desde cavalgada, lembrando a revolução Farroupilha, missa crioula e churrasco em grupo. E churrasco gaúcho é diferente do tradicional paraense.
Coloca-se uma costela de boi inteira à beira do fogo e durante horas fica-se proseando e tomando chimarrão, enquanto as histórias gauchescas fazem os homens de bombacha sorrirem enquanto as mulheres cuidam dos "piás". A comunidade gaúcha é muito grande nesta região e tempos atrás chegou a ter aqui um clube social denominado PASERC - Porteira Aberta Sociedade Esportiva, Recreativa e Cultural. Com espírito desbravador, os gaúchos remanescentes acompanham a mudança repentina na cultura paragominense.
Depois do ciclo da madeira, começa o ciclo da soja, do reflorestamento, da exportação de produtos originados da agricultura. Muitos deles se especializaram no comércio de produtos agrícolas. Outros enveredaram para o ramo de peças de máquinas pesadas representando grandes empresas gaúchas. Hoje, no "Dia do Gaúcho", a gauchada se reunirá na Casa "Nostra Terra", de um gaúcho que teima em manter viva a tradição gaúcha na região de Paragominas.
Elso Bombana, gaúcho de Erval Grande, casado com sua "prenda" Noely Dorigone é o principal incentivador da cultura gaúcha em outras terras, afirma que para manter a tradição é preciso estar acompanhando a evolução. "Os gaúchos que residem em Paragominas tiveram que mudar sua cultura para acompanhar o desenvolvimento. Mas o importante é não deixar cair no esquecimento a tradição gaúcha, como o churrasco, o chimarrão e a prosa no final de semana", disse Bombana.
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