Quase quatro milhões de paraenses vivem em municípios de baixo desenvolvimento. Dos 143 municípios do Estado, pelo menos em 122 deles, as suas populações moravam, em 2007, em condições extremamente precárias, sem acesso a serviços básicos de saúde e de educação e ao mercado de trabalho. A realidade socioeconômica dos paraenses pode ser notada a partir da análise da série histórica dos dados que compõem estudo elaborado anualmente pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
O estudo revela que o Estado tem dificuldade em avançar. Entre 2000 e 2007, a evolução do desenvolvimento do Estado foi de apenas 18,3%. A baixa evolução, contrária a movimentação das unidades federativas vizinhas e do Nordeste, levou o Estado a deixar a sétima pior classificação no ranking de desenvolvimento para ocupar o quinto inglório lugar. Só vivem em condições mais difíceis que os paraenses, as populações de Alagoas, Amapá, Maranhão e Piauí.
A federação fluminense chegou a essa definição por meio do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), indicador formado pelas estatísticas de saúde, de educação e de geração de emprego e renda. A classificação é em uma escala que varia de 0 a 1. No patamar mais baixo, encontram-se os que atingem nota até 0,4; no nível regular, aqueles que alcançam de 0,4001 a 0,6. As cidades que obtêm de 0,6001 a 0,8 ficam na categoria moderada e as que chegam a pelo menos 0,8001 são consideradas de alto desenvolvimento.
No Estado do Pará, o nível de desenvolvimento é avaliado como regular, com IFDM médio de 0,5974. Em relação ao ano anterior, houve uma evolução de 1,3%. De 2006 para 2007, 95 cidades do Estado apresentaram variações positivas, apesar de baixas, e 47 apresentaram queda. Nenhum município apareceu no nível de alto desenvolvimento e a melhor nota foi a de Parauapebas, com 0,7825. Na classificação geral, a melhor cidade do Pará não figurou nem entre as trezentas primeiras do ranking nacional. Parauapebas está na posição 311º, enquanto a segunda melhor, Belém (0,7575), é, apenas, a 486º.
BRASÍLIA, DF
Da Sucursal
Nenhum comentário:
Postar um comentário