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A soltura de “Dote” pela Justiça foi muito questionada (Foto: Divulgação) |
Josicley Braga de Moura, o “Dote”, é hoje um dos criminosos mais procurados da região Norte, depois que a Justiça Federal do Amazonas decretou a sua prisão preventiva em maio deste ano, logo após ele ser colocado em liberdade por decisão do Superior Tribunal de Justiça em Brasília.
Na época, seus advogados alegaram o princípio da presunção de inocência, onde qualquer pessoa que responda a processo e ainda não tenha sido condenada pode responder em liberdade. No entanto, avaliam os juristas que há casos em que a prisão preventiva é um instrumento de garantia da ordem pública.
Josicley Braga de Moura, o “Dote”, é considerado pela Polícia Civil do Pará como um dos maiores traficantes de drogas e mandante de mais de duas dezenas de homicídios, conforme apuram inquéritos policiais instaurados com base em depoimentos de “soldados” de “Dote” presos pelo delegado Eder Mauro Barra.
Dois depoimentos foram importantes para a Polícia Civil desvendar uma gama de homicídios no bairro da Cabanagem, onde “Dote” teria organizado um exército de marginais, entre eles um identificado por “Elias” que está em liberdade, e “Papa”, que foi morto tão logo ganhou a liberdade e que em depoimento revelou os crimes a mando do seu patrão “Dote”.
As séries de mortes na Cabanagem, Una e Bengui, na Região Metropolitana, ocorreram no mesmo período em que Josicley Braga Moura esteve preso. Para a Polícia Civil, o fato de os traficantes e assaltantes estarem presos não quer dizer que eles não gerenciem os assaltos e crimes que ocorrem fora da cadeia.
Nos depoimentos prestados à polícia, “Dote” disse que iniciou suas atividades no tráfico aos 8 anos de idade e, aos 13, já estava comandando o tráfico no bairro da Cabanagem, onde, ao atingir a maior idade, elegeu como “gerentes” os marginais “Boca” e Alex Sandro Serafim Nogueira do Nascimento, o “Jacaré”.
Enquanto os gerentes comandavam o tráfico na Cabanagem, “Dote” viajava constantemente para Manaus para pegar droga com o traficante José Roberto Fernandes Barbosa, o “Barão Do Pó” (que foi transferido nesta semana para Porto Velho e apontado como um dos maiores distribuidores de pedra de óxi no Pará).
A soltura de “Dote” pela Justiça foi muito questionada e logo depois que ganhou a liberdade ele aproveitou uns dias de “relax” em uma pousada na praia de Algodoal, em Marapanim, e depois foi visto em uma cobertura de um prédio no bairro da Sacramenta até desaparecer do mapa tão logo saiu o novo pedido de prisão.
O DIÁRIO teve acesso ao pedido de prisão de Josicley Braga de Moura assinado por um juiz federal da Justiça do Amazonas, em processo que corre sob segredo de justiça e cujas polícias militar civil e federal agora tentam cumprir, mas que informações extraoficiais dão conta que o homem mais procurado do Norte do Brasil já teria fugido para o exterior. (Diário do Pará)
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