quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Paragominas - Saúde no bairro Nagibão está febril. Não tem energia no PSF há mais de oito dias

Jorge Quadros
Jornalista
DRT-PA 2138

Há mais de oito dias que o PSF não está funcionando por
falta de energia elétrica.
Foto: Jorge Quadros
Moradores do bairro Nagibão, localizado há cerca de quinze quilômetros da sede do município estão se sentindo abandonado pela administração pública, apesar da inauguração de um grande Posto de Saúde da Família inaugurado no final do ano passado. Aliás, um PSF que deveria funcionar como um hospital de pequeno porte. Esta era a informação passada à imprensa por ocasião da festa de inauguração.

Este transformador, segundo funcionários do PSF, está queimado
Segundo informações coletadas por nossa reportagem com mais de uma dezena de moradores, um transformador que fica num poste que atende tanto o PSF quanto a escola, também recém inaugurada, queimou há mais de oito dias e até agora nada foi feito para restabelecer a energia no local.

O pior de tudo é que, sem energia, também não há água, porque a bomba não funciona, é lógico. E sem esse produto, não há como atender a população do bairro, que procura aquela unidade de saúde. Ontem, enquanto estávamos visitando o PSF Rosângela Veiga da Silva, várias pessoas estiveram procurando atendimento médico, mas a atendente mandava voltar outro dia, exatamente por causa da falta de energia. Por esse motivo, não está havendo também vacina para as crianças.

Este cartaz informa aos usuários do PSF que não tem energia

Um cartaz afixado no portão de entrada do PSF indica que por falta de energia elétrica não está havendo atendimento médico. Os funcionários estão apenas cumprindo horário.

D. Maria de Fátima também procurou atendimento médico
e não conseguiu por falta de energia elétrica no PSF

Por falar em cumprimento de horário, a jovem que trabalha na Farmácia Básica, substituindo o funcionário que está de férias, há dois dias que não comparece ao PSF. Segundo informações dos moradores, é porque a ambulância está quebrada. O que tem a ver a ambulância quebrada com o funcionamento da Farmácia Básica? É que a ambulância é o transporte da funcionária. Se a ambulância não roda, a farmácia não funciona. Pode?

D. Rita de Cássia informa à este repórter que foi buscar
medicamento e a Farmácia Básica estava fechada.
D. Rita de Cássia, moradora da Rua Bela Vista, 468, foi ao PSF buscar remédio, mas não obteve resultado. Ela estava indignada. A mesma situação da D. Maria de Fátima da Silva, que mora na Rua São Vicente, 165.

O vereador Robertinho Nagibão, procurado por nossa reportagem
nos levou até sua residência onde está sendo feito um abaixo
assinado para ser entregue ao prefeito, por conta da situação
da saúde no bairro.
Procuramos o vereador do bairro, Robertinho Nagibão, mas no primeiro momento ele tinha ido ao Hospital Municipal levar uma pessoa que havia sofrido um acidente. Voltamos no final da tarde e ele nos mostrou um abaixo assinado que está sendo feito para entregar ao prefeito Adnan Demachki solicitando urgência com relação ao funcionamento do PSF e da Ambulância. O vereador também nos disse que ao chegar ao Hospital Municipal com uma senhora que fora atropelada por uma bicicleta, teve a informação que também lá, naquele momento, não havia médico.

O PSF do bairro Nagibão foi inaugurado em grande "pompa" no final do ano passado, mesmo dia da inauguração de uma ponte na PA 125, na área urbana da cidade. É lamentável que a bela estrutura física esteja passando por estes problemas no início de sua vida útil.

O PSF do Nagibão tem um médico que atende de segunda-feira a sexta-feira, dois enfermeiros, 1 do PACS e outro da Unidade, cinco técnicos de enfermagem, um dentista e onze ACS.

Entrada do PSF Rosângela Veiga da Silva, do bairro Nagibão,
uma estrutura física que não deixa a desejar há muitos hospitais
da nossa região.

O PSF do bairro Nagibão tem uma estrutura de dar inveja à qualquer outro município da região. Entretanto, a população quer atendimento médico e medicamento e isso, infelizmente, devido ao problema da falta de energia elétrica, que se arrasta por mais de oito dias, não está tendo. Com a palavra a Secretaria Municipal de Saúde.



Um comentário:

  1. Com ajuda da Vale do Rio Doce as obras de infraestrutura até que não são ruins, mas depois de inauguradas, dependem apenas da Prefeitura para funcionar. Aí o bixo pega! Como ocorre em todo o Brasil, a saúde não é prioridade. As Universidades públicas sustentadas com dinheiro do povo, formam, obviamente milhares de médicos e enfermeiros, que por sua vez, após o canudo, montam clínicas luxuosas para tratarem de ricos. O povo continua internado nos corredores dos hospitais públicos.
    Acho que tá na hora de mudar as coisas em Paragominas.

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