sábado, 30 de abril de 2011

Arame e mourão fazem revolução em Paragominas

Deu no Globo - Coluna Eco Verde

Enquanto os ânimos continuam exaltados em Brasília, por conta do debate em torno das mudanças no Código Florestal, ruralistas e ambientalistas, “armados” com arame, mourão, conhecimento científico e boas doses de boa vontade, estão fazendo uma revolução no município de Paragominas, no Pará. Cidade que já foi chamada de Paragobala, por causa dos conflitos de terra. E os resultados não podiam ser melhores: ganhos de produtividade, mais faturamento, respeito à lei e preservação ambiental.

Liderado pelo professor Ricardo Ribeiro Rodrigues, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da USP, o projeto está completando um ano e terminando a sua primeira fase. Com o apoio das ONGs Imazon, TNC e do Sindicato Rural, foi feito um diagnóstico de todas as propriedades da região. Foram identificadas as áreas com alta e baixa aptidão para a pecuária e as mais propícias para a agricultura.

Como esperado, as maiores oportunidades estão na pecuária, que tem índices de produtividade menores. Lotes com mil hectares, onde eram criadas 1.200 ou 1.300 cabeças de gado, vão receber 2.000 ou 2.200 bois. Índice muito maior do que a média nacional, que é de 1,14 bois por hectare. O espaço remanescente será usado para recuperar reservas legais de floresta e áreas de preservação permanente (APPs).

Outra parte importante do trabalho está em identificar, nestas áreas preservadas, plantas e frutas nativas que têm potencial econômico para a indústria alimentícia, farmacêutica ou de cosméticos. O que representará uma nova fonte de receita para os proprietários.

Mas quanto custa isso tudo? Alguns críticos do Código Florestal dizem que recuperar as áreas degradadas de floresta representaria uma despesa enorme e inviável para o setor. Ricardo Rodrigues explica que, em 80% dos casos, basta cercar a área não aproveitada e deixar a natureza fazer o resto do trabalho. E informa: um quilômetro de cerca pronta, feita com arame e mourão, custa entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.
Fonte: blogecoverde

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