Os traficantes encontraram nas salas de aula das instituições de ensino superior do país uma clientela grande e fácil de ser conquistada. Ainda jovem, com dinheiro no bolso e curtindo os primeiros anos de independência familiar, quase a metade dos universitários brasileiros (49%) já usou alguma substância ilícita. Se for levado em consideração também o consumo de álcool e o cigarro, esse percentual sobe para 88,8%. Na região Norte, as drogas – lícitas ou ilícitas – invadiram a vida de 78,3% dos estudantes de ensino superior. Apesar dos números altos, o Norte possui a situação menos grave do Brasil. No Sul do País, por exemplo, apenas 7,4% dos universitários nunca utilizaram qualquer tipo de droga, o restante não resistiu a este mundo de vícios. Os dados foram revelados do I Levantamento Nacional Sobre Uso de Álcool, Tabaco e outras Drogas.
Elaborado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), o estudo ouviu 18 mil jovens matriculados em instituições públicas e privadas de ensino superior das 27 capitais brasileiras, inclusive Belém. Na Região Norte constatou-se que metade dos universitários usou alguma droga nos último trinta dias antes de ser questionado e outros 61,4% nos últimos 12 meses. Os homens, ainda segundo a pesquisa, são os mais vulneráveis, porém, as mulheres não ficam muito atrás. Em todo o país, o álcool, tabaco, maconha, cocaína e outras substâncias estiveram presentes na vida de 91,8% dos universitários de sexo masculino e 86,6% nas de sexo feminino.
Os maiores consumidores são aqueles com 35 anos de idade ou mais. Segundo o levantamento, 31,4% das pessoas nessa faixa etária já utilizaram quatro ou até mais substâncias. Entre os mais novos, no entanto, o estudo também revelou situação alarmante. Cerca de 80% dos entrevistados com até 18 anos já usou algum tipo de droga, sendo que 13,4% usou três ou até mais tipo de drogas. A maioria dos jovens que consumiu alguma substância pelo menos uma vez na vida é da área da Ciências Humanas (89,2%), seguido de Ciências Exatas (88,6%) e Ciências Biológicas (88,2%). (Fonte: O Liberal).

Nenhum comentário:
Postar um comentário