segunda-feira, 2 de agosto de 2010

No Pará, 70% do eleitorado tem baixa escolaridade


Os paraenses que vão decidir o rumo político do Estado e do País nas próximas eleições de outubro são analfabetos ou não têm nem o ensino fundamental. Em mais de dois terços dos municípios do Estado, esse é o perfil de pelo menos 70% da população que vai às urnas. Em seis deles, quase a totalidade dos eleitores não têm nenhum conhecimento ou sabem ler e escrever parcialmente. Através da última atualização feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do eleitorado brasileiro, na última semana, O LIBERAL fez o mapeamento da escolaridade, por município, dos paraenses que participarão da votação de outubro. A constatação é de que os políticos em campanha no Pará disputarão os votos de quem não tem nem noção do poder que representa esse exercício da democracia.

Melgaço, na região do Marajó, tem o pior cenário de eleitores nessas condições. Somando-se os dois grupos, chega a 94,5% o total de eleitores com baixa ou nenhuma escolaridade. Só de analfabetos, é mais de um quarto da população votante (27,99%). Mas quando se analisa somente essa população sem instrução alguma, é a cidade vizinha, Anajás, que detém a maior parcela. Quase 32% do eleitorado do município afirmou ser analfabeta. Somando-se os 61,51% que disseram saber apenas ler e escrever por terem estudado somente os primeiros anos do ensino básico, Anajás aparece como o quarto colégio eleitoral com menos escolaridade. À sua frente, ainda estão Bagre e Anapu, ambos com índice de 92,76% do eleitorado com nenhuma ou baixa instrução. Beiram a totalidade de baixa instrução ainda os municípios de Chaves (92,52%) e Nova Esperança do Piriá (91,32%).

Esses seis municípios são os casos extremos de eleitores com baixa escolaridade, entretanto não há muita disparidade entre os demais. Somente Belém e Ananindeua não têm a maioria de eleitores com baixa ou nenhum aprendizado. Na capital, a parcela de baixa escolaridade é de 42,44%, enquanto em Ananindeua é de 46,73%. Os dois maiores colégios eleitorais do Estado (Belém, com 997.105 eleitores, e Ananindeua, com 259.297 eleitores) também detêm a menor população iletrada. Cada um deles registrou a marca de cada 1,53% de analfabetos. Belém também está à frente em números de eleitores com nível superior: são 4,68% da população que vai às urnas. Em segundo lugar aparece Capanema, com 3,56%, seguido por Canaã dos Carajás, com 1,95%, Ananindeua, com 1,79%, e Parauapebas, com 1,70%. (Thiago Vilarins – O Liberal)



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