quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Emater leva assistência técnica a famílias de municípios desmatados

Da Redação
Agência Pará

Sete municípios do sul, sudeste e nordeste paraenses começam a receber, a partir de março, por meio de mais uma ação da operação Arco Verde Terra Legal, a atuação pontual de equipes multidisciplinares da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). São 45 profissionais, que vão atuar em Marabá, Novo Progresso, Brasil Novo, Altamira, São Félix do Xingu, Pacajá e Paragominas.

Esses municípios fizeram, em 2008, parte da rota da operação Arco de Fogo, que, em um mutirão reunindo várias instituições governamentais, fechou serrarias ilegais nas localidades consideradas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como as mais desmatadas da Amazônia Legal. Durante um ano, a Emater vai trabalhar exclusivamente no cumprimento das metas estabelecidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

O trabalho acontecerá em cinco chamadas públicas específicas vencidas pela Emater ano passado. O aporte financeiro é de R$ 4,1 milhões. Os grupos já estão recebendo treinamento, desde 7 de fevereiro até o próximo dia 4 de março. As primeiras aulas acontecem no Hotel São Bento, em Marabá, e na Unidade Didático-Agroecológica do Nordeste Paraense (UDB) da Emater, em Bragança.

A qualificação é composta por duas oficinas, uma delas é ministrada pela Emater, com coordenação dos núcleos de Metodologia e Comunicação (NMC) e de Recursos Humanos (NRH), tratando de questões como políticas públicas em benefício da agricultura familiar, organizações sociais rurais, geotecnologia e planejamento das metodologias participativas de ater no contexto das chamadas públicas. A outra oficina é ministrada pelo MDA, com foco no Programa de Desenvolvimento Sustentável da Unidade de Produção Familiar (Pronaf Sustentável).

As 2,3 mil famílias selecionadas pelo MDA passarão a receber imediatamente apoio direcionado na prática agrícola. Elas serão capacitadas e terão acesso a novas tecnologias, com a oportunidade de crédito rural. "Pelo edital da chamada pública elaborado pelo MDA, entendemos que são agricultores tradicionais que por ora não estão recebendo assistência técnica de entidade alguma", diz a chefe do NMC, Ana Lúcia Guerreiro.

Todas as ações da Emater serão precedidas por um Diagnóstico Rural Participativo (DRP) e por um Diagnóstico da Unidade Produtiva Familiar (DUPF) - em que cada comunidade e família, consultadas, indicarão suas preferências de atividade e necessidades, entre outras situações. Cada propriedade também será georreferenciada e analisada.

"Esses municípios são apontados com grande incidência de áreas alteradas, com altos índices de desmatamento. É necessário que, a partir dos diagnósticos, auxiliemos na constituição de um novo modelo de produção, baseado na sustentabilidade e nas especificidades de cada município", explica o engenheiro florestal Márcio Nagaishi, do NMC.

Considerando-se as diretrizes da Emater, a idéia é que a atuação do governo do Estado ajude a promover o desenvolvimento coletivo, baseado na reestruturação de todas as esferas dos municípios: da ecologia à economia.
Ascom/ Emater


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