terça-feira, 27 de julho de 2010

Encomenda da morte de vereador é frustrada pela polícia em Tomé-Açu



O Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, prendeu ontem, no distrito de Quatro Bocas, em Tomé-Açu, nordeste do Pará, Raimundo Araújo da Silva, 52 anos. De apelido "Paragominas", ele é acusado de intermediar a contratação de um pistoleiro, a mando de um vereador, para matar outro vereador do município. A prisão, por volta de 13h, aconteceu no momento em que ele recebia a quantia de R$ 8 mil de uma funcionária do irmão do vereador e fazendeiro José Aldomário Zani, conhecido por "Babo", apontado como mandante do crime. As informações são da Polícia Civil.
O alvo do crime seria o vereador e empresário Francisco José Matos Neves, conhecido por "Chico Doido". A ação policial foi comandada pelos delegados Alberto Teixeira e Samuelson Igaki, do GCCO, que contam com uma equipe de oito policiais civis, responsáveis por seis meses de investigações. De acordo com Alberto Teixeira, o GCCO iniciou um levantamento de pessoas envolvidas em crimes de encomenda na região. Com a identificação da cadeia dos envolvidos nos crimes (mandantes, intermediários e executores), ao todo, 14 ordens de prisão preventiva foram solicitadas ao Poder Judiciário.
No decorrer das investigações, o GCCO detectou que um pistoleiro estava sendo contratado para matar o vereador "Chico Doido". Ele já foi alvo de atentados a bala em outras quatro ocasiões. "Paragominas" seria responsável em repassar o dinheiro ao pistoleiro. Assim, a equipe do GCCO foi até Tomé-Açu para aguardar o encontro e efetuar a prisão do intermediário.
O suposto pistoleiro conseguiu fugir. A quantia apreendida é parte do valor de R$ 60 mil correspondente ao total do "serviço". Ainda, segundo as investigações, outros R$ 5 mil já haviam sido pagos ao intermediário. Ao ser revistado, "Paragominas" portava um revólver calibre 38 com cinco munições.
Em depoimento, Raimundo Silva declinou aos delegados que o "serviço" foi encomendado por "Babo" e que foi ele quem lhe pagou os R$ 5 mil. "Está configurada a existência de um consórcio para financiar mortes por desavenças políticas no município", salienta o delegado. Agora, o GCCO aguarda as decretações das ordens judiciais de prisão preventiva para dar sequência às prisões de envolvidos nos crimes em Tomé-Açu.
Fonte: www.orm.com.br

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