quarta-feira, 6 de abril de 2011

Juiz manda prender policial acusado de assédio a adolescentes

A Justiça decretou a prisão preventiva do cabo da Polícia Militar Francisco Roberto Lima. Lotado na Companhia Independente de Tomé-Açu, ele é acusado de assediar seis adolescentes no município de Concórdia do Pará. Elas faziam parte do "Projeto Curumim", no qual o cabo atuava como instrutor. O promotor de justiça Daniel Menezes Barros foi quem requereu a prisão preventiva do policial militar. Em depoimentos individuais, as adolescentes relataram que o cabo se reportava a elas de forma desrespeitosa, dizendo palavras obscenas e com certo tom ameaçador.

Todas têm 14 anos. O Ministério Público do Estado encaminhou o pedido da prisão preventiva ao juiz titular da comarca de Concórdia do Pará, Adelino Arraz, que, no dia 29 de março, acatou a solicitação. O caso foi encaminhado imediatamente ao Conselho Tutelar de Concórdia do Pará, à Delegacia de Polícia e ao Centro de Perícias Científicas de Castanhal.

Em 29 de março deste ano, o promotor Daniel Menezes Barros, de Concórdia do Pará, ouviu o relato das adolescentes. Uma delas contou que, em meados dezembro de 2010, o instrutor do projeto, o cabo Lima, passou a lhe falar palavras desrespeitosas. Ela narrou várias situações, inclusive que o acusado a teria convidado para ir a um motel, mas, como ela recusou, acabou desistindo.

Outra adolescente contou ao promotor Daniel Menezes Barros que, desde o começo deste ano, o cabo Lima vem lhe falando palavras obscenas e que teria até perguntado se ela queria aprender a dar prazer a um homem, falando sobre sexo oral.

Uma outra adolescente disse que há cerca de um ano vem sendo assediada pelo cabo Lima, que a chamava para uma sala de almoxarifado e a beijava e abraçava forçadamente, sempre passando a mão à altura de sua cintura, e em suas costas. O relato de uma quarta adolescente destaca que, nas três vezes em que o policial militar tentou beijá-la e agarrá-la, ele apalpou suas nádegas.

Ontem, não foi possível saber se o mandado de prisão preventiva contra o cabo Lima já havia sido cumprido, nem se ele já possui advogado constituído.

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