Jorge Quadros
D. Terezinha (minha mãe) D. Clau Quadros (minha esposa) duas mães importantíssimas na minha vida. Nossa homenagem pelo Dia das Mães. |
Ela acorda antes de todos, faz o café, passa a roupa dos filhos, junta os trapos espalhados pelo meio da casa, joga dentro de uma máquina de lavar. Lava o resto de louça suja que ficou na pia, enche os litros de água e os coloca na geladeira, esquenta o pão, passa a manteiga, vai ao quarto das crianças e as acorda. Preguiçosamente, um a um vai abrindo os olhos.
Ela então os leva ao banheiro, escova-lhe os dentes, veste-os e ainda os leva à escola. O maridão, meio tranquilão, dá uma espreguiçada, levanta com uma "pressa de dar dó". Vai ao banheiro e de lá ainda grita: "Tráz a toalha!!".
Senta à mesa, toma o café, quentinho, com as torradas de sua preferência, já prontas para serem deliciadas. Vai ao quarto e arruma-se para o trabalho. A esposa dá aquele retoque no colarinho, puxa aqui, diz que aquela camisa não combina com a calça, enfim...
Após o marido sair ela vai descansar....que nada! corre para a cozinha, afinal só faltam quatro horas para o almoço. Corta daqui, descongela dalí, tempera acolá...as horas passam tão rapidamente, que antes que ela possa imaginar, já é hora de buscar a meninada da escola.
Todos chegam e ela, exausta, coloca o almoço na mesa e chama todo mundo para a reunião de sempre. O almoço tá uma delícia, mas um menino reclama que tá salgado, que não gosta de verdura, que tem cebola demais. O marido, olha com desdém e diz: "- você errou na medida hoje".
Ela, entristecida, ainda disfarça a insensatez do marido e dos filhos e toca o barco como se nada tivesse acontecido. E isso acontece diariamente. Por isso, amigos, que este dia, considerado especial, não seja único. O Dia das Mães deve ser todos os dias do ano. Por que?
Porque ela
Chora quando adoecemos,
Grita para chamar a atenção,
Sofre com os filhos nas drogas
Lamenta com o filho na prisão...
Liga quando estamos distantes,
É a última que vai para a cama,
E quando o filho a desobedece,
Ela ainda diz que o ama...
É doce nas horas amargas,
Sorri quando deve chorar,
Abraça em vez de bater,
Acaricia na hora de amar...
E quando chega o seu dia,
Depois de um ano corrido,
ainda não percebemos
O seu coração sofrido...
Os anos a castigaram
Quanto sofrimento por nós?
E quando ela mais precisa,
Mas a deixamos à sós...
Mãe...Mãe...Mãe...
Ainda me resta uma esperança,
Perdoe-me por esta ausência,
Deixa eu voltar a ser criança...
JQ
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